quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Vertebrados
Os animais vertebrados, pertencentes ao reino animal, filo chordata e que possuem vértebras, ou seja, os ossos que compõem a coluna vertebral.
O que caracteriza os vertebrados são duas características principais: 
1– os vertebrados geralmente possuem notocorda apenas na fase embrionária, pois ela é substituída pela coluna vertebral (cartilaginosa ou óssea) que protege o tubo neural (prolongamento do sistema nervoso também chamada de medula espinal); 2 – Presença de esqueleto interno que cresce juntamente com o animal e que serve de apoio para a musculatura que permite os movimentos. É importante destacar que nem todos os animais vertebrados possuem coluna vertebral, por exemplo, os ágnatos ou ciclostomados, que são peixes primitivos desprovidos de mandíbulas e maxilas (as mixinas, as lampreias e os ostracodermes).
 Outra característica importante dos vertebrados é a presença de crânio para proteger o encéfalo. Além disso, como todos os Cordados, os vertebrados são deuterostômios, celomados, triblásticos com simetria bilateral.
Eles possuem também sistema nervoso central, esqueleto interno e sistema muscular. Esses animais podem ter respiração pulmonar ou branquial dependendo da espécie.

Peixes:

São os que mais têm espécies conhecidas dos vertebrados. E possuem características marcantes que favorecem a vida na água,  tais como: formato hidrodinâmico, presença de nadadeiras, corpo coberto por escamas lisas que diminuem o atrito da água e musculatora do tronco segmentada. Eles têm vários órgãos dos sentidos como: linha lateral, olhos e bolsa olfatoria.
Os peixes são seres cujo a temperatura do corpo varia de acordo com a do ambiente, ou seja, são  pecilotermicos. Respiram por meio das branquias e seu coração tem apenas um átrio e um ventrículo por onde só passa sangue não oxigenado (a circulação é considerada simples e completa, já que o sangue passa uma vez pelo coração desses animais e não há mistura do sangue venoso com o arterial).
Os peixes podem ser herbívoros,  detritivoros ou carnívoros e são divididos em: agnatos, ósseos e cartilaginosos.
Os agnatos são os peixes mais primitivos e têm como principal característica a ausência de mandíbula (daí seu nome a= sem gnato=mandíbula). Nesta classe de peixes estão as lampreias e as feiticeiras, animais que podem viver tanto em água doce quanto em água salgada. Sua boca é circular e possui forte musculatura para sugar seu alimento que se constitui principalmente de cadáveres ou sangue de outros animais (podem ser ectoparasitas). Não possuem nadadeiras pares nem escamas. Seu esqueleto é cartilaginoso e a notocorda persiste durante toda a vida
Os ósseos possuem esqueleto formado por ossos enquanto os cartilaginosos têm os seus formados por cartilagem. Há diferença nas brânquias, já que as dos ósseos têm um revestimento e os outros têm elas expostas.
As escamas também podem ser usadas na diferenciação desses dois grupos. Enquanto os peixes cartilaginosos possuem escamas placoides e de origem dérmica e epidérmica, os peixes ósseos apresentam escamas de origem exclusivamente dérmica.
Os peixes filtram o sangue para retirar as excretas celulares através de rins. A sua excreta é feita através de amônia, que é muito tóxica, porém bastante solúvel (ótimo para o ambiente aquático).
Os peixes possuem sistema nervoso ganglionar. Possuem dois olhos bem desenvolvidos, que percebem imagens. Possuem olfato bem desenvolvido, principalmente nos peixes cartilaginosos como os tubarões. Nos peixes ósseos há também outro órgão sensorial: a linha lateral. Esta estrutura ajuda o animal a se orientar na água.
Cartilaginosos 

Ósseos 



Anfibios

Os anfíbios constituem uma classe de animais vertebrados, que inclui os sapos e as salamandras entre outros, de pele lisa (principal local para as trocas gasosas), sem escamas, rica em glândulas de veneno e muco. Se caracterizam por ter seu ciclo de vida dividido em duas fases: uma aquática e outra terrestre.
Historicamente os anfíbios foram os primeiro animais vertebrados a ocuparem o ambiente terrestre, contudo, não de maneira eficiente. Pois não são independentes da água, visto que possuírem uma pele muito fina que não protege da desidratação e colocam ovos sem casca, que ficam ressecados se permanecerem fora da água ou de ambientes úmidos.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ANFÍBIOS:
• A língua (em algumas espécies) é uma característica adaptativa importante para caçar pois é presa na parte da frente da boca, alcança grandes distâncias e é pegajosa.
• Pulmões onde ocorrem trocas gasosas;
• Pele que também executam trocas gasosas é permeável;
• Circulação fechada, coração, com dois átrios e um ventrículo, aumentando a eficiência de transporte de sangue;
• Tímpano, uma membrana que vibra com o som e remete estímulos para as estruturas nervosas do ouvido;
• Pálpebras que protegem os olhos e realizam sua limpeza;
• Coluna vertebral que possibilita certa capacidade de movimentação da cabeça;
• Animais dioicos, ou seja, cada indivíduo possui um sexo, ou masculino, ou feminino.

RESPIRAÇÃO:

Os pulmões são formados por dois sacos, sem divisão interna. As narinas abrem-se na cavidade da boca. Os pulmões dos anfíbios não possuem área suficiente para absorver todo o oxigênio necessário. Por isso, sua pela lisa, fina e úmida está adaptada à respiração. Enquanto estão na fase larval, aquática, respiram por meio de brânquias


REPRODUÇÃO E A METAMORFOSE:
A reprodução dos anfíbios é sexuada e pode se dividir em fecundação externa (como os sapos) ou a fecundação interna (como as salamandras).
Os ovos dos anfíbios não possuem casca por isso é necessário um ambiente aquático ou um local úmido para que não fiquem secos. Após os ovos serem fecundados dão origem a larvas, que são os girinos, estes viverão na água até realizarem a metamorfose.
O processo de metamorfose é lento e nele ocorrem diversas transformações até a passagem ao estágio adulto. Durante esse processo desaparecem as brânquias e desenvolvem-se os pulmões. E surgem também as patas no corpo do animal.



ALIMENTAÇÃO, DIGESTÃO E EXCREÇÃO:

Na fase adulta os anfíbios são carnívoros e se alimentam normalmente de insetos.
Possuem estômago bem desenvolvido, intestino que termina em uma cloaca, glândulas como fígado e pâncreas. Seu sistema digestório produz substâncias capazes de digerir a "casca" de insetos.
Os anfíbios fazem a sua excreção através dos rins.


OS ANFÍBIOS SÃO CLASSIFICADOS EM 3 GRUPOS:



RÉPTEIS  


     Os répteis constituem  uma classe de animais vertebrados.
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
•Animais ectotérmicos (que dependem do calor do ambiente externo para regular a temperatura do seu corpo).
•O corpo é formado por cabeça, pescoço, tronco e cauda;
•Possuem dois pares de membros locomotores, cada um com cinco dedos acabados em garras e pernas reduzidas em alguns lagartos, mas ausentes em outros, como as cobras;
•Se dividem em animais rastejantes ou nadadores;
•Possuem pele ressecada e resistente, coberta por escamas de origem epidérmica o que a torna queratinizada e praticamente impermeável. Isso os impede de realizar a respiração cutânea, porém, é uma forma de proteção contra a desidratação;
•Alguns animais, como as tartarugas e jabutis, também podem apresentar placas ósseas;
 •Coração geralmente com três cavidades (dois átrios e um ventrículo), exceto no grupo dos Crocodilianos, os quais possuem quatro cavidades (dois átrios e dois ventrículos), mas mesmo tendo quatro cavidades e ventrículos separados, os sangues arterial e venoso se misturam;
•Desenvolvimento direto (sem estágio larval);
•Evolução sensorial: Órgãos de Jacobson, que possuem função olfativa, e as fossetas loreais, que conseguem captar o calor.

REPRODUÇÃO:
      Os répteis se reproduzem sexualmente, sua fecundação é interna e normalmente são ovíparos ou seja o desenvolvimento embrionário ocorre dentro do ovo, porém fora do corpo materno. Contudo algumas espécies são ovovivíparas, logo, o desenvolvimento embrionário ocorre dentro do ovo porém a fêmea os matem dentro dela.

OVO:
A casca do ovo serve como proteção para impactos e contra a desidratação, a membrana da casca e para evitar a perda de água. A câmara de ar serve para reservar ar para o embrião. O córion é uma proteção para o saco vitelínico e para o embrião. O vitelo é uma reserva alimentar. O alantóide é um depósito de resíduos do metabolismo das proteinas (excretas); responsável pelas trocas gasosas do embrião com o meio. E o âmnio evita o ressecamento do embrião e age como proteção contra traumas.

 RESPIRAÇÃO: 
  O sistema respiratório dos répteis e pulmonar  e apresenta uma evolução em ralação aos anfíbios pois é mais complexo devido a maior quantidade de alvéolos e câmaras internas.

ALIMENTAÇÃO E DIGESTÃO: 
Em sua maioria, os répteis são animais carnívoros; algumas espécies são herbívoras e outras são onívoras. Eles possuem sistema digestório completo. O intestino grosso termina na cloaca.
Aves

São animais que possuem o corpo revestido por penas, são homeotermicos ( têm sangue quente, ou seja, possuem uma temperatura constante no corpo), têm bico, asas e ossos pneumáticos (ocos por dentro e com a presença de ar). As penas são características próprias das aves (apomorfia), elas permitem o vôo,  são isolantes térmico e servem de camuflagem também. 
O vôo é uma importante adaptação das aves pois permite fugir dos predadores, buscar alimentos e realizar migrações de acordo com condições climáticas. As aves podem ser divididas de acordo com a capacidade de vôo em carinatas e ratitas. 
As carinatas apresentam uma quilha no osso esterno e músculos desenvolvidos para o batimento das asas. Muitas podem voar e outras fazem vôos curtos como as galinhas. Há também os pinguins que sofreram modificações nas asas para poderem nadar .
Já as ratitas não apresentam carena no esterno e são incapazes de voar, como os avestruzes e  as emas. 
A alimentação das aves é bem variada podendo serem classificadas como carnívoras, porém a maioria se alimenta de grãos,  frutos e sementes. Também tem os pinguins, que se alimentam de peixes. Elas possuem um sistema digestivo completo, composto de boca, faringe, esôfago, papo, proventrículo, moela, intestino, cloaca e órgãos anexos (fígado e pâncreas). 
Uma característica que favorece a homeotermia nas aves é a existência de um coração totalmente dividido em quatro cavidades: dois átrios e dois ventrículos.


Não ocorre mistura de sangues. A metade direita (átrio e ventrículo direitos) trabalha exclusivamente com sangue pobre em oxigênio, encaminhando-o aos pulmões para oxigenação. A metade esquerda trabalha apenas com sangue rico em oxigênio. O ventrículo esquerdo, de parede musculosa, bombeia o sangue para a artéria aorta. Assim, a todo o momento, os tecidos recebem sangue ricamente oxigenado, o que garante a manutenção constante de altas taxas metabólicas. Esse fato, associado aos mecanismos de regulação térmica, favorece a sobrevivência em qualquer tipo de ambiente. A circulação é dupla e completa.
O sistema respiratório também contribui para a manutenção da homeotermia. Embora os pulmões sejam pequenos, existem sacos aéreos, ramificações pulmonares membranosas que penetram por entre algumas vísceras e mesmo no interior de cavidades de ossos longos.
A movimentação constante de ar dos pulmões para os sacos aéreos e destes para os pulmões permite um suprimento renovado de oxigênio para os tecidos, o que contribui para a manutenção de elevadas taxas metabólicas.
Mamíferos 

Estima-se que existam mais de 5 mil espécies de mamíferos, encontrados em quase todos os biomas do planeta. Eles são animais terrestres, aquáticos e voadores, como os morcegos. Os cuidados com a prole são os mais desenvolvidos do reino animal e atingem o seu clímax com a espécie humana.
Uma característica única dos mamíferos é a capacidade de brincar. Os jovens mamíferos aprendem quase tudo o que necessitam saber para a sua vida adulta através de brincadeiras, onde as crias experimentam, entre si e com adultos, as técnicas de caça, luta e acasalamento.
Os mamíferos são seres altamente adaptáveis e podem ser encontrados por todo planeta. Isso ocorre porque muitos mamíferos vivem em sociedades e dedicam cuidado aos seus filhotes até o momento em que se tornam independentes.
Eles se caracterizam por: presença de glândulas mamárias nas fêmeas,  revestimento do corpo por pêlos (a quantidade varia de acordo com a espécie). Eles têm temperatura corporal constante e os pêlos contribuem pra isso, servindo como isolantes térmicos, e também pela pele possuir duas camadas (onde possuem glândulas sebáceas e sudoríparas) derme e epiderme.

O seu corpo é sustentado por um endosqueleto totalmente ossificado com cabeça tronco e quatro patas (exceto cetáceos) com até 5 dedos, em espécies quadrúpedes (a maioria) e outras bípedes, (cangurus e homem).
Outra característica importante dos mamíferos é a presença de um músculo que divide o tórax e abdome chamado de diafragma. Os movimentos de elevação e abaixamento desse músculo são essenciais para a ventilação dos pulmões. A respiração de todos os representantes é pulmonar, incluindo baleias e golfinhos.
Costuma-se dividir essa classe em duas subclasses: Prototheria e Theria. A subclasse Theria é dividida em duas infraclasses: Metatheria (marsupiais) e Eutheria (placentários). Existe ainda a classe Allotheria, entretanto, todos os seus representantes estão extintos.
Os representantes da subclasse Prototheria (monotremados) caracterizam-se por botar ovos, ocorrência comum em répteis. Outra característica desses animais são as mamas sem mamilo. O ornitorrinco e as equidnas, animais restritos à Austrália e Nova Guiné, são exemplos de monotremados.
Os marsupiais (Metatheria) são animais que apresentam uma característica extremamente interessante que diz respeito ao desenvolvimento embrionário. Os filhotes desses mamíferos não nascem completamente formados, terminando seu desenvolvimento dentro de uma bolsa denominada marsúpio. Os cangurus e gambás fazem parte dessa infraclasse.
Os placentários (Eutheria) representam a grande maioria dos mamíferos. Entre os representantes, podemos citar o homem, cachorro, elefante, coelho, girafa, baleia, entre outros. Sua principal característica é o fato de que o desenvolvimento embrionário ocorre dentro do útero da mãe, sendo que a alimentação e as trocas gasosas ocorrem através da placenta. Diferentemente dos marsupiais, eles já nascem completamente formados.
Eles possuem circulação fechada, dupla e coração com 4 cavidades.
O sistema urinário é formado por rins, ureteres, bexiga urinária e uretra.

Já o sistema digestório é formado por um canal alimentar e várias glândulas acessórias. Um fato interessante é que os mamíferos possuem dentes adaptados para processar diferentes tipos de alimentos. Os mamíferos carnívoros, por exemplo, possuem caninos bem desenvolvidos para ajudar no corte da carne das presas. Nos outros vertebrados, a dentição, normalmente, é menos especializada.